E o desejo?

Corpo, fatiado
Corpo, desejo em poros

Passei a contemplar sorrisos alcoólicos,
amórlicos, beijólicos
Ciganeei por teus poros,
te devolvi em suspiro a lambida batizada à tinto

Teus seios seguem e se perdem nas encruzilhadas das linhas da minha mãos
mas não leem destinos, passados ou vestígios
Seguem a trilha e a sinalização que ensina:
'Vai, mas com calma na descida, feroz
e saboreie a viagem!'

Dilatadas, as íris se encontram e tomam conta
De toda escuridão guiadas pelo tato,
cheiro e gosto.

Corpo, não mais fatiado
Corpo, desejos dilacerados
Corpo explosão em poros

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