Enfim se encolhe
Um riso na areia, não seca
Com sentimento de terra molhada
Brota-se mais um sonho
Primaveras verdes
Tu, árvore cerejeira
Daquelas de invadir pupilas
E de desbotar perfumes
Permita-se, e abrace tua seiva
De passarinho e vento
Teu pólen se abrigou em meu íntimo
Fecundou-me
Hoje dou-te bom dia,
E amo a primavera por isso, meu amor
Por teu momento nascido
Por ter se feito flor.
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