Nunca a felicidade foi tão triste
Mimetizam-se as lágrimas em cores
Em todo o vácuo que um beijo traz
Grita-lhe uma voz
O sussurro ouvido
O tempo que venha e oxide
As gotas de tinta salgadas
Saibas farpa
Que em meu bem querer
Nada há de eu te amo
Senão mágicas e desenhos
Aquarelas e vários sonhos.
Tenho asas e me recurso a voar
ResponderExcluirTenho sede, e de tantas águas, não há uma pura a me saciar
Tenho o ócio, e ainda persigo tempo, vivo na pressa de chegar
Agora entendo: aspira-se o Ter, sem sequer saber que não há
Ser
que se negue
a sonhar
Resolvi me desfazer, largar a mão da ânsia de materializar
Sobre os meandros das estradas que percorro, envelhecem, enferrujam, murcham
Tudo aquilo que nunca fez e jaz, pois já não faz parte de mim
Peço passagem a concretude; adentro-me nos labirintos do meu
Ser a fim
somente
de me perder
Com os olhos mais claros, descobri minhas feras
as que devoram
as mães das vicitudes que corroem, destroem
O que me foi prescrito ao nascer