O amor é uma pilha linear de taças de vidro
Constrói-se
Fica a mais bela de todas
Mas
Ao tirar a primeira taça colocada, a base
A pilha desbrava em mil pedaçinhos
Quem removeu a taça?
Aquela mão que não se machucará com os cacos lançados
Quem construiu a torre de taças então?
Duas mãos
Onde estão?
Uma se foi
Pois cansou de elevar a pilha
A outra
Está retalhada, coberta por um vermelho ainda pulsante
Vivendo uma sobrevida
A espera de um curativo
E assim, recomeçar tudo outra vez
Só mais um jogo de taças.
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