Nos meus braços estão as teias
cobertas e preenchidas de
Vazio
Nos meus olhos estão as veias
cobertas por um cobertor
Fino
Disparate velho
à navegar tristonhamente no mundo
descobri que
na loucura do instante
solidifiquei-me, desfigurei-me
a cada hora que canta o galo
na madrugada
Esquartejei meus poemas
Soletrei cada parte do meu corpo
Vingando-me
Da minha ignóbil natureza matutina
E todos os dias sustento
um vazio eloquente
Nos meus braços não estão:
os dias, as noites
mas a madrugada, sim
tosse todos os pedaços de espelho
em meu rosto
por isso desfiguro-me.
Apanho alguns cacos
Providencio cola,
Mas só
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