Acertou em cheio
O pote quebrou
Usando das frechas que a vida dá
O ouro de tão puro amassa
Como um escritor que senta
E escreve uma cena
Molha os lábios de seus personagens
Prepara para o clímax e sua mágica
Quem há de julgar?
A essa hora da madrugada, goles de negra droga
Um lápis a saltar uma ou duas linhas
A distorcer capítulos.
Meu desejo não vive em cubículos
Hoje ele esteve nas tuas mãos
Corpo que outrora afasta
Mas que puxa num silêncio
Toma-me feito um refrigerante desesperado
Em dia quente, Juazeiro escaldado.
Corre, entrega em dia suas falas pre ensaiadas
Pois já ensaie, já decorei
A posição que meus olhos estarão
Ao se aproximarem dos teus
Por toda a madrugada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu sussurro