Fraternidade Francesa I

- Dar-me-ei água para beber!
- Não, café seria o melhor a essas horas...
Bem logo não sabes nada do meu corpo.
Duvido entre o corte curto ou comprido
Dos bustos bem comidos pela consciência

Não, não merecem sequer minhas linhas
Por tal rebuliço maciço
Desagregam cada fibra miocárdica minha
E patenteiam entre si.

Tingirão o mundo de vermelho,
Extraído do meu sangue, pintarão seus cabelos.
Gritariam que me amam
E aos quatro e outros ventos
Que lhe tocarem com galanteios.

E esta muralha ingrata?
Que junta e separa as confusões?
Perdido fico com esses sorrisos de leste e oeste
Metralharão meus ouvidos, meus olhos
Com nada de palavras leves.

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